quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Qual é o lado certo?

Qual é o lado certo?

Essa é uma pergunta que requer reflexão e sapiência antes da resposta.

Há alguns dias fui questionado sobre quais razões me levaram a ser petista. E respondi com serena tranquilidade, porque sendo petista estou no lado certo. Então ouvi o seguinte questionamento: “você tem certeza? Conheço pessoas que estão na oposição e estão financeiramente bem melhor que você”. Ótimo! O segundo questionamento seguido do comentário abriu uma ótima oportunidade para um reflexivo debate, cujo foco está na questão: Qual é o Lado certo?

Compreendi o questionamento e por isso respondi que realmente existem duas formas de se ver qual é o lado certo. A princípio se tratarmos a política com interesses pessoais, ou seja, visando literalmente lucrar por meio desta, sem se importar com o coletivo (o povo), o lado certo parece estar na oposição ao PT. Afinal, lá estão os partidos de um nome só, sem militância política, sem ligação com os movimentos sociais de base e orientados a prática do assistencialismo. Para os egoístas, eis um ótimo lado, o lado do próprio bolso.

Todavia, olhando para o meu partido (PT) enxergo uma história que nasce nos movimentos sociais, onde muitos militantes pagaram com a própria vida para que pudéssemos ter o presente que temos hoje. É fácil forjar críticas difamadoras aos que emprestam o nome para os processos eleitorais, servindo o povo via o PT. Difícil é ser um petista.

Digo isso, pois o dia para muitos militantes deste partido começa às três da manhã e termina quando o trabalho ou a fadiga o encerra. Por esta razão os governos petistas já tiraram, segundo a Fundação Getúlio Vargas, cerca de 20 milhões de brasileiros da miséria, sendo que outros 32 milhões ascenderam à classe média (Dados)

Esse mesmo partido é responsável pelo maior programa de distribuição de renda do mundo, o bolsa família, onde para acalmar os críticos desta ajuda aos vitimados pela pobreza histórica, para cada R$ 1,00 gasto no programa o retorno é de R$ 1,44 para o governo, isso porque o bolsa família aquece a economia aumentando em 23 bilhões e 700 milhões de reais o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (Econonia IG).

As informações acima, somadas a programas do governo petista no Acre nos últimos 12 anos, que resultaram na reestruturação do serviço público (antes os servidores ficavam até 4 meses sem receber), na organização administrativa do estado, na consolidação de programas de apoio ao pequeno produtor, dentre tantas outras benfeitorias, com destaque para a abertura da BR 364, integrando o Vale do Acre ao antes isolado Vale do Juruá. Justificam a escolha daqueles que acreditam que o lado certo é aquele que serve a todos e não a poucos.

Por fim, cito uma situação sobre a ponte da União (feita por um governo petista), imponente obra sobre o Rio Juruá em Cruzeiro do Sul, onde um secretário da atual gestão desta cidade (oposição) teceu publicamente o seguinte comentário: “essa ponte liga o nada ao nada”. O infeliz não sabe o valor da vida, pois a ponte liga pessoas a pessoas, ela garante o tráfego de veículos e dentre estes viaturas como a do SAMU que ao chegar a tempo nas ocorrências e salvar a vida de pessoas em risco, acabam demonstrando o justo valor da ponte, o valor da vida.

Sei que argumentei demais, mas tudo isso é necessário para que com lucidez estejamos sempre do lado certo, ou seja, do lado do povo, do coletivo, onde nossa riqueza maior não está em nossa conta bancária, mais nos 52 milhões de brasileiros que passaram a viver com dignidade. Isso é fazer a coisa certa, portanto eis o lado certo.



 
Copyright (c) Marcelo Siqueira