Marcelo Siqueira é natural de Cruzeiro do Sul, estado do Acre, filho do professor aposentado Osmiro Siqueira e da dona de casa Maria Sílvia, sendo neto de dois personagens importantes do ponto de vista histórico-cultural da cidade. Do lado paterno destacamos o avô José Generoso, conhecido ferreiro da região, cujos saudosistas contam histórias de que o mesmo chegou a forjar em metal a hélice de um avião durante a década de 60 para que este pudesse partir rumo ao seu destino no sudeste do país. Do lado materno a saudosa Raimunda Peixoto que em sua pensão no mercado municipal, vendia para garantir o sustento da família os, hoje populares, biscoitos de goma dentre outras comidas regionais.
Em sua formação educacional, o mesmo teve o privilégio de ser dirigido por professores como a Sr. Gisalda Mariano na Escola Governador Hugo Carneiro e o Sr. José Siqueira Maciel na Escola João Craveiro Costa, dentre outros importantes educadores da cidade de Cruzeiro do Sul.
Para seguir carreira acadêmica o mesmo foi morar na cidade de Goiânia, sendo que de lá partiu para o interior de São Paulo, mais precisamente na cidade de Marília onde cursou a faculdade de enfermagem.
Foi também na cidade de Marília que Marcelo se destacou ao lado de colegas, como o hoje médico Antônio Padron, no movimento estudantil daquela região. Onde representando um Diretório Acadêmico àqueles garotos provaram que era possível fazer algo melhor para a educação, disponibilizando com o suor do trabalho voluntário uma estrutura que oferecia aos demais colegas da Universidade desde computadores com impressoras para viabilizar a impressão de trabalhos dos menos favorecidos até a aquisição de projetores de multimídia e notebooks para melhorar a qualidade de ensino na sala de aula.
Neste mesmo período Marcelo conheceu uma equipe de trabalho do então Senador Aluísio Mercadante (PT), onde deu seus primeiros passos de militância política na campanha que consolidou um operário como presidente da república, sendo que não bastasse à eleição do presidente Lula, Marcelo ainda comemorou a eleição de Aluísio Mercadante para mais um mandato de Senador pelo estado de São Paulo.
Retornado ao Acre no início do ano de 2006, o mesmo trabalhou durante 9 meses como enfermeiro na secretaria municipal de saúde de Cruzeiro do Sul, onde recebia vencimentos de digitador, sendo que ao ser aprovado no primeiro concurso feito para área na história da cidade, este trabalhou no Centro de Saúde Manuel Bezerra da Cunha e nos postos das Vilas Santa Rosa e São Pedro.
Aprovado em mais um concurso público para trabalhar no governo do estado do Acre, Marcelo se desligou da prefeitura de Cruzeiro do Sul, mas permaneceu com sua gente, desempenhando serviços como coordenador de assistência à saúde na regional do Juruá, gerente geral do Hospital geral de Cruzeiro do Sul (Maternidade) e enfermeiro do Hospital de Dermatologia Sanitária, onde além do compromisso profissional este construiu laços fraternos com os vitimados pela hanseníase.
Na busca por novos horizontes, Marcelo mais uma vez mudou de local de trabalho ao ser aprovado em concurso público para carreira no magistério superior na Universidade Federal do Acre, vínculo atual que o mesmo ostenta com orgulho, pois além do papel educacional, a Universidade tem um papel de construção social, tal como relata o mesmo dizendo que: “Não há nada que pague a satisfação de ouvir um cidadão simples, filho de gente pobre, mas trabalhadora, dizendo: ‘professor eu sou o primeiro da minha família a receber um diploma de uma universidade’.”.
