Nos dois últimos processos eleitorais o comportamento do eleitor cruzeirense tem mudado significativamente em direção às candidaturas vinculadas a Frente Popular Acreana. Tal processo pode ser visualizado claramente quando analisando o resultado do último processo eleitoral municipal, observamos que num cenário com três candidaturas da oposição e com uma série de situações adversas, a FPA ainda alcançou mais de 40% dos votos válidos nas eleições de 2008.
A tendência de ascensão do quantitativo de votos da FPA no município de Cruzeiro do Sul se confirmou com o resultado das eleições 2010, onde o então candidato do PT ao governo do Estado Tião Viana venceu o pleito eleitoral graças a maioria de votos provindos principalmente da cidade de Cruzeiro do Sul e região, ressaltando-se o detalhe da expressiva votação na zona rural.
Neste sentido, considerando os diversos problemas que envolvem a gestão do atual prefeito de Cruzeiro do Sul Vagner Sales (PMDB) que se encontra afundado em denúncias de nepotismo e improbidade administrativa, além de enfrentar o descontentamento das grandes massas populares, visto a estratégia, na opinião de muitos especialistas equivocada, de realizar obras importantes apenas há um ano do processo eleitoral. A FPA tem uma oportunidade grande de finalmente vencer as eleições na segunda maior cidade do Estado Acre.
Assim, para alcançar tal objetivo, faz-se necessário oferecer ao povo de Cruzeiro do Sul um projeto de desenvolvimento sustentável, capaz de superar problemas como o desemprego e a violência, sem destruir os recursos naturais da cidade. Para tanto, oferecer um projeto que seja a antítese do atual governo municipal parece ser a alternativa a ser alcançada, sendo necessário uma parceria fundamental com os movimentos populares.
Pelo visto, considerando as propostas do governador Tião Viana para o desenvolvimento do Acre, sobretudo no que diz respeito as políticas de combate a miséria e promoção da cidadania, somadas ao comportamento proativo do Partido dos Trabalhadores, é possível afirmar que a análise supracitada não se constitui em perspectiva para o futuro, pois já se trata de uma ação em andamento.
