terça-feira, 9 de agosto de 2011

Trânsito em Cruzeiro do Sul: o caos!

O Estado do Acre possui uma frota de automóveis de 159.604 veículos, dados do DETRAN-AC de abril de 2011. Entretanto, o número de automóveis que parece razoável frente a proporção das estatísticas de Estados do Sudeste do país, tal como São Paulo, tem revelado em números uma triste realidade: mortes no trânsito.

Segundo o Detran-Acre em 2010 foram 101 vítimas fatais, desconsiderado os óbitos ocorridos em rodovias federais, sendo que de janeiro a maio de 2011 o trânsito no Acre já registrava 34 vítimas fatais, sem contabilizar mortes em BR’s.

Todavia, apesar de Rio Branco ter cerca de 112.000 automóveis do total do Estado, Cruzeiro do Sul apresenta proporcionalmente uma drástica estatística de mortes no trânsito. Sendo que na região do Vale do Juruá, somente entre os dias 1 e 9 de agosto de 2011 os jornais noticiaram 06 mortes no trânsito, número que infelizmente aumenta no período das festas populares.

Sem dúvida, a imprudência de alguns condutores que teimam em infringir o código nacional de trânsito pode está relacionada com os óbitos, mas existe um fator secundário que resulta em uma receita fatal: a falta ou precarização da sinalização de trânsito na cidade.

A falta de um plano diretor na cidade, associada a ausência de análise de engenharia de tráfego, faz de Cruzeiro do Sul uma cidade onde improvisar é palavra de ordem no serviço municipal de trânsito. Serviço este que conta com uma equipe de verdadeiros heróis, já que graças ao esforço e improviso destes, o número de acidentes não toma proporção ainda maior.

Porém, o que fazer? Qual a saída para um tema tão complexo? A resposta está na qualificação e profissionalização da gestão pública municipal, que sem um plano diretor para definir o crescimento estrutural da cidade, sem um planejamento estratégico com indicadores e metas a serem alcançados e sem a profissionalização técnica da gestão, que não tem contratado serviços qualificados para elaboração de projetos na área, fica quase impossível gerenciar de maneira satisfatória o trânsito e outras áreas no município de Cruzeiro do Sul. Assim, fazer o que não está sendo feito parece ser a única alternativa plausível. E se alguém perguntar quem perde com essa história toda? Essa é fácil, o povo.

Flagrante! Gari trabalha no limite do perigo!



 
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